Resolvi fazer um novo post
falando do equipamento que eu uso quando resolvo assumir a minha personalidade
baixista e quero fazer algum barulho.
Na verdade, como um único post seria
muito extenso e poderia gerar um pouco de preguiça nos leitores, vou dividir
este assunto em alguns posts.
Não tenho pretensão, nem objetivo,
pelo menos agora, de fazer resenhas dos equipamentos, com críticas ou elogios
do ponto de vista técnico, mas apenas de maneira en passant falar
um pouco de cada um, os motivos que me levaram a usá-los e como os aproveito no
meu set atualmente.
Tenho preferência por algumas
marcas, mas sempre procurei usar de tudo (dentro, principalmente, das
possibilidades financeiras), experimentando ao máximo tudo que eu podia, criando
minhas próprias impressões e gerando meu banco de dados pessoal. E uso esse
princípio para tudo, desde a escolha das cordas até a escolha do meu retorno,
passando pelos cabos e pedais.
Procuro estar sempre atualizado,
lendo as resenhas que parecem na internet e procurando compreender como cada
componente que uso pode afetar o resultado meu som. A informação é a chave da
questão. Não adianta sair por aí comprando tudo o que se vê pela frente sem
antes se informar a respeito. Sempre procuro me informar com baixistas mais
experientes, tento sempre que possível experimentar o produto que quero comprar
antes de comprá-lo, ou pelos, com a vantagem da internet, ver e ouvir o maior
número possível de vídeos e músicas que utilizem o que estou querendo.
Acho importante ter sempre em
mente que o grande responsável pelo som que faço sou eu mesmo, e não meus
equipamentos. Os equipamentos, em especial os pedais, estão lá para me auxiliar
a chegar ao resultado que eu quero. Eles não são os responsáveis por este
resultado e, muito menos, podem me atrapalhar a alcançá-lo.
E não adianta querer ter o mesmo
equipamento do seu ídolo para conseguir o mesmo resultado. Mesmo que você tenha
muito dinheiro e seja um excelente músico, o resultado será diferente
simplesmente pelo fato de você não ser o seu ídolo.
Sempre assumi que, como músico atuante,
não passo de um amador. Mas, mesmo assim, sempre gosteis de “gadgets musicais”.
Praticamente desde o início, logo depois que aprendi o bê-á-bá do contrabaixo e
comecei a tocar já apareci com uma pedaleira. Um baixista que faz uso de uma
pedaleira não é tão comum, e um novato com uma é menos ainda.
Não digo o mesmo dos pedais de
efeito, mais simples, pois diversos baixistas usam e abusam deles, muitas vezes
de maneira muito discreta. A caretice de que o baixo não pode fazer uso de
efeitos já caiu por terra faz tempo e hoje em dia, nos estúdios de gravação,
nenhuma linha de baixo passa pela mixagem sem, pelo menos, ganhar uma
compressãozinha e uma equalização.
Bom, para começar, vou mostrar os
equipamentos que uso na linha de frente.
Podemos ver nesta foto uma quantidade
razoável de pedais, uma pedaleira, três baixos e dois cubos.
Como era de se esperar, os baixos
são todos MMichalski Luteria.
A pedaleira é uma BOSS GT-10B.
Tive uma BOSS GT-6B antes dessa.
A lista de pedais é composta por um wah-wah (um Morley Dual Bass Wah), um equalizador de
ataque (um Electro-Harmonix Knockout), um compressor (da Seymour Duncan, o
Double Back Compressor), um seletor de linhas (BOSS LS-2 Line Selector), um
fuzz (Electro-Harmonix Bass Big Muff Pi), duas distorções diferentes (ambas
originalmente projetadas para guitarras, sendo um pedal Rampage Distortion da Rocktron
e um Mega Distortion MD-2 da BOSS), um envelope filter (Electro-Harmonix Nano
Bassballs), um equalizador (próprio para contrabaixos, BOSS GEB-7), um
sintetizador (Electro-Harmonix Bass Micro Synthesizer) e um flanger (BOSS BF-3).
Os cubos são todos da Hartke.
Utilizo um HA 3500 e um Kickback 12, que inclusive foi minha primeira caixa de
baixo e está comigo há quase 10 anos.
Os cabos principais (na foto) são
Whirlwind, também com quase 10 anos, e os secundários, que conectam a cadeia de
pedais, são todos HOSA.
Abaixo, com mais detalhes, a
família de pedais montados em uma sequencia experimental.
Também
utilize outros instrumentos, e quem costuma visitar a página da MMichalskiLuteria no Facebook já está familiarizado com eles. Além dos três baixos da
primeira foto, encontram-se hoje na ativa um baixo de cinco cordas da Ibanez (um
EXB 445, que por ter sido meu primeiro baixo e já estar todo modificado, tenho
o mesmo carinho que os meus MMichalski), uma guitarra barítono e uma
superstrato.
Claro que muitos pensariam que
com essa coleção de equipamentos, nada mais estaria faltando. Mas na verdade, como
todo colecionador quase compulsivo, ainda quero incluir alguns pedais, em
especial um overdrive valvulado, de preferência. Também quero acrescentar
alguns baixos na foto. Alguns já estão em processo de fabricação, outros são
ainda apenas ideias.
Sobre os detalhes de cada um dos
itens, como expliquei no início deste texto, deixarei para os próximos posts.
Abraços,
Miguel Michalski.
Parabéns pelo set e pelo texto. Sendo eu um analfabeto em termos de pedais e pedaleiras, aprendi mais um pouquinho.
ResponderExcluirSe me for permitido fazer um pedido, aí vai ele (sem aguardar a permissão): você poderia, por favor, explicar a função de cada pedal?
E, já abusando, aí vão mais dois: pode explicar como a ordem de ligação dos pedais afeta o som? E, ainda, como é o som de pedais para guitarra em um set de contrabaixo?
Abraços !
Obrigado Pedro! Seus pedidos são extremamente válidos, sem dúvida. Minha ideia ao dividir o texto era justamente poder falar de cada componente do meu set com mais detalhes, incluindo os pedais. Com certeza teremos um post falando da função dos pedais e sua ordem, pelo menos no meu set, já que este aspecto é bastante pessoal. E seu ultimo pedido é o mais interessante. Não pretendia inicialmente falar desse detalhe, sobre como soa um pedal de guitarra em um baixo, mas o farei com certeza. Realmente é uma dúvida bem pertinente.
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